Fique Aborrecido
Fique Aborrecido
FIQUE ABORRECIDO
Aborreço a súcia de malfeitores e com os ímpios não me assento (Salmo 26.5)
Na última quarta-feira tive que ir até à farmácia próxima de casa a fim de adquirir produtos que toda criança pequena exige (mesmo que ela esteja começando a sair das fraldas). Durante minha permanência no local duas senhoras conversavam animadamente e em alto e bom som, sobre os fatos ocorridos no dia anterior em São Paulo: a balbúrdia durante a sempre malfadada apuração das Escolas de Samba. Pelos sentimentos das duas mulheres, alguém que não conhecesse carnaval e morasse fora do Brasil, acharia que o assunto é sério. Convenhamos, que diferença faz saber quem ganhou o desfile, quem será punido pela bagunça, com tanta coisa muito mais relevante a ser resolvida? E que surpresa existe naqueles fatos quando a grande maioria que participa disso está, de alguma maneira, envolvida com crimes, contravenções e imoralidades? A “receita” feita com estes “ingredientes” só poderia dar este tipo de “bolo”.
O que me impressiona mais é ver crentes discutindo esse assunto. É perceber que muitos cristãos estão compactuando com essas pessoas. Saber que muitos agora postam fotos, sem o menor escrúpulo, com fantasias de Carnaval, do baile ou da sua torcida pela Escola de Samba preferida.
Alguns dirão: “é uma questão de cultura”. Eu diria que talvez seja, em muitos casos, falta dela. Mas, usando o termo no mesmo sentido, já passou da hora dos crentes - aqueles que se consideram de fato – entenderem que a cultura é feita pelo homem e que é influenciada pelo pecado, necessitando ser resgatada ou, em alguns casos, devido à sua profunda contaminação, ser completamente abolida. Penso que este o carnaval está incluso neste último caso.
Precisamos olhar as coisas com os olhos de Cristo. Ele aprovaria nossa participação numa festa com as condições que vemos em nosso carnaval? Duvido muito. Davi olhou para os ímpios e decidiu não se assentar com eles. Não estou ensinando qualquer isolamento para com os incrédulos – nós precisamos ser sal e luz para eles – todavia é preciso entender que não há como ser luz se misturando e aprovando as obras que eles praticam e, quem sabe por causa de muitos de nós, acham que as aprovamos.
Como você se comportou durante este último fim de semana? Você olha para tudo isso e acha normal, não se incomoda de forma alguma? Se você tem que se aborrecer com algo, eis aqui uma oportunidade que não pode ser perdida.
Rev. Laércio Rios Guimarães
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